[Exposição e ativações em parceria com Memorial da Resistência e Coletivo Mapa Xilográfico – Setembro, 2019 a Março, 2020]
A exposição “À Margem” traz a público uma reflexão sobre as formas de repressão às populações da cidade de São Paulo e sua resistência a partir de um fio condutor sinuoso: o Rio Tamanduateí. Rio das sete voltas, entidade sagrada para as populações originárias e elemento fundamental para a defesa do povoamento colonial, o Rio Tamanduateí foi, ao longo dos últimos séculos, alvo de projetos de controle, higienização, morte e enterramento (enterramento ou apagamento?) em nome de um suposto desenvolvimento da cidade.
À Margem apresenta algumas dessas formas de viver e resistir em São Paulo, resgatando a várzea do Rio do Tamanduateí como recorte territorial. A partir de robusta pesquisa historiográfica da HD e expografia conduzida pelo Coletivo Mapa Xilográfico, a exposição cria, com auxílio de mapas, instalações, fotografias e laudos técnicos, um convite para que público partilhe das experiências das populações que viviam nas margens e suas práticas, tão comumente apagadas dos registros oficiais da história.
